O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, declarou sua intenção de invadir Porto Rico com o apoio de "forças brasileiras" para, segundo ele, libertar o território caribenho da "colonização" imposta pelos Estados Unidos.
A declaração foi feita durante o encerramento do “Festival Internacional Antifascista”, em Caracas, e responde às declarações do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que manifestou interesse em anexar o Canal do Panamá, a Groenlândia e o Canadá.
“Assim como o Norte segue uma agenda de colonização, nós temos uma agenda de libertação”, afirmou Maduro. Ele também afirmou que “a liberdade está em suspenso em Porto Rico, e nós a alcançaremos com as tropas do Brasil.”
A fala de Maduro gerou uma reação imediata da governadora de Porto Rico, Jennifer González, que enviou uma carta ao presidente eleito Donald Trump.
“Confio que sua administração agirá com firmeza e demonstrará ao narcorregime de Maduro que os Estados Unidos protegerão suas vidas e soberania, sem ceder a criminosos e assassinos de pequeno porte”, afirmou González.
O governo brasileiro não comentou as declarações de Maduro, que foi empossado em 10 de janeiro para um novo mandato presidencial, apesar de não ter comprovado sua vitória nas eleições de 28 de julho de 2024. Embora o Brasil não reconheça a reeleição do líder venezuelano, mantém relações diplomáticas com a Venezuela.
Porto Rico é um território americano desde 1898, com o status de Estado Livre Associado. O território possui uma Constituição própria e autonomia em diversas áreas, mas questões de defesa, imigração e alfândega permanecem sob responsabilidade de Washington.
Apesar de serem cidadãos americanos, os mais de 3 milhões de porto-riquenhos não têm direito a voto nas eleições presidenciais dos EUA e não possuem representantes no Congresso. (ANSA).