Pelo menos 14 pessoas perderam a vida na noite de sábado (2) após um raio atingir um campo de refugiados em Palabek, no norte de Uganda. A maior parte das vítimas estava abrigada em uma igreja e, infelizmente, a maioria eram crianças e adolescentes, com idades entre 14 e 18 anos.
O incidente ocorreu por volta das 17h30, quando uma tempestade intensa se formava na região, que é predominantemente habitada por refugiados da comunidade Nuer, originários do Sudão do Sul. Cerca de 50 pessoas estavam se abrigando na estrutura metálica da igreja quando o raio atingiu o telhado, causando a tragédia.
De acordo com William Komech, funcionário do distrito de Lamwo, as vítimas foram mortas instantaneamente, sendo cinco meninas e nove meninos. Além das 14 mortes confirmadas, outros 34 fiéis ficaram feridos e foram levados a hospitais da região para tratamento médico.
Em entrevista à agência France-Presse (AFP), Hillary Onek, ministra dos Refugiados e da Preparação para Catástrofes de Uganda, informou que o Governo do país está trabalhando em conjunto com o ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados) e outras agências humanitárias para prestar apoio aos sobreviventes da tragédia.
A polícia local revelou que as vítimas estavam reunidas para orar quando a tempestade se intensificou. O raio atingiu a igreja cerca de 30 minutos após o início da chuva forte.
Infelizmente, mortes causadas por raios não são incomuns em Uganda. Em 2011, um raio atingiu uma escola primária no país, matando ao menos 18 alunos e nove adolescentes. A região continua vulnerável a esse tipo de tragédia, que destaca a importância de medidas preventivas em áreas propensas a tempestades severas.
