Quedas entre idosos são comuns e uma das principais causas de morte, levando a ferimentos, fraturas, perda de mobilidade e até óbito. Para preveni-las, recomenda-se testes de equilíbrio anuais durante consultas médicas.
Os testes tradicionais duram 10 segundos em posições como bipodal (pés paralelos), semi-tandem (um pé à frente), tandem (um pé diante do outro) e unipodal (em um pé). Porém, um estudo do L.A.R.E. da USP, publicado na BMC Geriatrics, concluiu que esse tempo é insuficiente para prever quedas.
Entre 2015 e 2019, 153 idosos participaram da pesquisa, que mostrou melhor eficácia com 30 segundos nas posições tandem e unipodal. Quem caiu manteve-se, em média, 10,4 segundos na posição unipodal, enquanto os demais alcançaram 17,2 segundos.
A coordenadora Daniela Abreu recomendou o novo teste na Atenção Básica por sua simplicidade, baixo custo e precisão no rastreio de risco, possibilitando medidas preventivas e redução de custos com lesões.
O teste, contudo, é apenas triagem e não substitui avaliações detalhadas para identificar causas como fraqueza muscular ou problemas articulares, segundo os pesquisadores.