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Segunda-feira, 27 de Outubro de 2025
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Saúde

AVC mata uma pessoa a cada seis minutos no Brasil

Do total de diárias, 25% foram em unidades de terapia intensiva (UTI) e 75% em enfermarias.

Quentuchas Notícias
Por Quentuchas Notícias
AVC mata uma pessoa a cada seis minutos no Brasil
© Tânia Rêgo/Agência Brasil
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O acidente vascular cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame, continua sendo uma das principais causas de morte e incapacidade no mundo. Segundo dados da consultoria especializada em gestão de saúde e custos hospitalares Planisa, no Brasil, uma pessoa morre em decorrência do AVC a cada 6,5 minutos.

O levantamento também aponta o impacto financeiro do tratamento do AVC no sistema de saúde brasileiro. Entre 2019 e setembro de 2024, foram registradas 85.839 internações, com tempo médio de 7,9 dias por paciente — o que totaliza mais de 680 mil diárias hospitalares.

Desse total, 25% das diárias ocorreram em unidades de terapia intensiva (UTI) e 75% em enfermarias. No período analisado, os custos acumulados chegaram a R$ 910,3 milhões, sendo R$ 417,9 milhões referentes a diárias críticas e R$ 492,4 milhões a diárias não críticas. Somente em 2024, até setembro, as despesas já ultrapassavam R$ 197 milhões.

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Os dados mostram ainda um aumento expressivo dos custos ao longo dos anos. Entre 2019 e 2023, os gastos praticamente dobraram, passando de R$ 92,3 milhões para R$ 218,8 milhões — crescimento que acompanha a alta nas internações, que saltaram de 8.380 para 21.061 no mesmo período.

Organização Mundial do AVC alerta: 90% dos derrames podem ser prevenidos.

Entenda

De acordo com o Ministério da Saúde, o AVC ocorre quando os vasos que transportam sangue ao cérebro entopem ou se rompem, interrompendo a circulação e provocando a paralisia da área cerebral afetada. O problema é mais comum em homens e requer diagnóstico e tratamento rápidos para aumentar as chances de recuperação.

O ministério alerta para a importância de reconhecer os sinais e sintomas do AVC: confusão mental, dificuldade para falar ou compreender, alterações na visão (em um ou ambos os olhos), dor de cabeça súbita e intensa, tontura, perda de equilíbrio e fraqueza ou formigamento em um lado do corpo.

O diagnóstico é feito por meio de exames de imagem, que identificam a área afetada e o tipo de AVC — isquêmico ou hemorrágico. A tomografia computadorizada de crânio é o método mais utilizado na avaliação inicial, pois permite visualizar sinais precoces de isquemia.

Entre os principais fatores de risco estão: hipertensão arterial, diabetes tipo 2, colesterol alto, sobrepeso e obesidade, tabagismo, consumo excessivo de álcool, idade avançada, sedentarismo, uso de drogas ilícitas, histórico familiar e sexo masculino.

FONTE/CRÉDITOS: Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil