A Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo informou que a residência atingida por uma explosão seguida de incêndio na região do Tatuapé era utilizada de forma irregular como depósito de fogos de artifício. O imóvel fica na Rua Francisco Bueno, nº 79. A tragédia resultou na morte de uma pessoa e deixou outras 10 feridas.
O incidente também afetou imóveis vizinhos. A Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil foi acionada e constatou danos materiais extensos em residências, estabelecimentos comerciais e veículos. Até o momento, 21 imóveis foram interditados, e os moradores foram abrigados por familiares. A explosão, registrada por volta das 19h50 de quinta-feira (13), provocou queda de estruturas metálicas e danos em veículos estacionados nas imediações.
O que aconteceu
A Polícia Militar foi acionada na noite de quinta-feira para atender uma ocorrência envolvendo incêndio e múltiplas explosões nas proximidades da Avenida Salim Farah Maluf, altura da Avenida Celso Garcia, no Tatuapé. O Corpo de Bombeiros confirmou a morte de um homem durante o rescaldo.
Segundo a SSP, o Esquadrão de Bombas do GATE (Grupo de Ações Táticas Especiais) da Polícia Militar localizou o corpo carbonizado entre os escombros. A vítima seria o responsável pelo armazenamento ilegal dos fogos de artifício.
Imagens divulgadas nas redes sociais mostraram uma grande coluna de fumaça e chamas próximas a prédios. Câmeras de monitoramento registraram a explosão, com rajadas de fogos de artifício cruzando a Avenida Salim Farah Maluf.
Dos feridos, uma mulher com traumatismo cranioencefálico e um homem com escoriações foram encaminhados ao Hospital Nipo-Brasileiro; um homem com otorragia foi levado pelo Samu ao PS Tatuapé; outro homem com ferimento na mão recebeu atendimento por convênio; e seis pessoas com ferimentos leves foram avaliadas no local e liberadas.
Moradores de prédios próximos relataram fortes clarões e barulhos que fizeram "treme tudo". A área precisou ser isolada, e devido ao fogo, não foi possível determinar imediatamente a origem das chamas. Informações preliminares da PM apontavam possibilidade de queda de balão e danos em transformadores da rede elétrica.
Investigação
A Polícia Civil de São Paulo abriu inquérito para apurar as circunstâncias da explosão. O caso foi registrado no 30º DP (Tatuapé) como explosão (art. 251 do Código Penal), crime ambiental (Lei 9.605/98, art. 42) e lesão corporal (art. 129 do CP). A perícia foi realizada no local, e o exame necroscópico será feito pelo Instituto Médico-Legal.
A SSP reforçou que o armazenamento ilegal de materiais explosivos representa grave risco à vida e à integridade da população, e afirmou que todas as medidas cabíveis estão sendo adotadas para esclarecer o caso e responsabilizar eventuais envolvidos.
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